Carol Langowski | Yoga

Durante muito tempo, acreditou-se que as torções eram prejudiciais, especialmente para quem enfrenta problemas como hérnia de disco. No entanto, meu aprofundamento no estudo do sistema facial revelou uma perspectiva transformadora: as torções não precisam ser evitadas, mas sim adaptadas.

A ideia central é clara: não é necessário executar as posturas com a máxima amplitude em todas as regiões do corpo. Podemos adaptar, praticando a postura com menos amplitude ou de forma dinâmica, conquistando-a de maneira progressiva.

Para tornar nossas torções seguras e benéficas para a saúde da coluna, é essencial compreender que elas reduzem o espaço entre as vértebras. Então, como torná-las seguras? A torção deve preservar o espaço necessário e criar espaço tracionando a coluna e ativando os bandhas.

Imaginando a coluna como uma sequência de bolinhas, a torção não deve fazer com que essas bolinhas se encostem. Inspiramos para dar espaço, ativamos os bandhas para manter o crescimento e, em seguida, realizamos a torção em espiral, sempre crescendo em direção ao céu.

Além disso, é vital compreender que a torção não é apenas física. É uma dança entre a respiração, o movimento e a consciência corporal. Praticada com essa consciência, a torção não apenas se torna segura, mas também terapêutica.

Para iniciantes, é comum inspirar, crescer e tracionar, mas na hora de torcer, despenca. Cultivar a consciência é fundamental – mantendo a intenção de crescer ao realizar a torção, seguindo essa linha em espiral. Assim, as torções deixam de ser um desafio temido, tornando-se uma prática adaptada, segura e profundamente benéfica para a saúde da coluna.

E aí, você é a favor ou contra as torções para todo mundo?

É importante também entender qual a diferença entre a dor e o desconforto. Como eu sempre falo: na dor, não absorvemos os benefícios da prática. Mas o desconforto é algo tolerável. Eu falei mais sobre isso nesse vídeo aqui:

Espero que goste!

Namastê!